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Josias rei de Judá

(2 Cr 34.1-2, 8-13)

22 O novo rei de Judá foi Josias. Começou a reinar com a idade de 8 anos e reinou durante 31 anos em Jerusalém. A sua mãe chamava-se Jedida e era filha de Adaías, de Bozcate. Fez o que era reto aos olhos do Senhor; andou nos caminhos de David, seu antepassado; nunca se afastou deles.

No décimo oitavo ano do seu reinado, o rei Josias mandou o seu secretário Safã, filho de Azalias e neto de Mesulão, ao templo. “Vai ter com o sumo sacerdote Hilquias e diz-lhe que mande contar o dinheiro que o povo dá para o templo e que é recolhido pelos sacerdotes que estão a guardar a porta do templo. 5-6 Que se entregue aos encarregados das obras do templo, para que contratem pedreiros e carpinteiros que façam as devidas reparações no edifício e comprem o material necessário.” Não se pedia contas do dinheiro entregue aos encarregados das obras, porque eram pessoas que atuavam com a máxima honestidade.

O livro da Lei é encontrado

(2 Cr 34.14-28)

Um dia, Hilquias, o sumo sacerdote, foi ter com Safã, o secretário real: “Descobri no templo o livro da Lei de Deus!”

E deu o livro a Safã e ele leu-o. Quando este foi em audiência ao rei, apresentar o relatório do andamento das obras de reparação do templo, 10 fez também menção do livro que Hilquias tinha achado e leu-o diante do rei.

11 Ao ouvir as palavras que estavam escritas, o rei rasgou a roupa que tinha vestida, em sinal de profunda consternação. 12 Mandou a Hilquias, o sacerdote, a Safã, a Asaías, assistente do rei, a Aicão, filho de Safã, e a Acbor, filho de Micaías, 13 que perguntassem ao Senhor: “Que devemos fazer? Porque as palavras deste livro são bem explícitas quanto às razões por que a grande ira do Senhor caiu sobre nós, pois os nossos antepassados não obedeceram aos mandamentos escritos neste livro.”

14 Então Hilquias, o sumo sacerdote, e os homens referidos foram ter com Hulda, a profetisa, ao bairro de Misné, em Jerusalém. Esta profetisa era mulher de Salum, o filho de Ticvá e neto de Harás, que estava encarregado do guarda-roupa real. 15 Quando lhe contaram a causa da perturbação do rei, respondeu: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Digam ao homem que vos enviou, 16 que vou destruir esta cidade e a sua população, como está escrito no livro que leste. 17 Pois o povo de Judá abandonou-me, queimou incenso a outros deuses e tornou a minha ira tão intensa, por causa da obra das suas mãos, que o meu furor contra este lugar não poderá ser sustido. 18 Mas vão ter com o rei de Judá, que vos enviou a buscar ao Senhor, e transmitam-lhe: o que o Senhor Deus de Israel vos diz a respeito da mensagem que ouviram é o seguinte: 19 Visto que te entristeceste e te humilhaste diante do Senhor, quando leste o livro e os seus avisos de que esta terra haveria de ser amaldiçoada e se tornaria desolada, e visto que rasgaste a tua roupa, chorando perante mim de tristeza, darei ouvidos aos teus rogos. 20 Só enviarei o mal que prometi sobre esta cidade após a tua morte.’ ” Foi esta a mensagem que levaram ao rei.

Josias renova a aliança com o Senhor

(2 Cr 34.3-7, 29-33)

23 O rei mandou chamar os anciãos de Judá e de Jerusalém para irem com ele ao templo. Todos os sacerdotes, os profetas e o povo, desde o maior até ao mais pequeno, tanto de Jerusalém como de Judá, se reuniram no templo, para que o rei lhes lesse todas as palavras da aliança que Deus estabelecera com o seu povo, do livro que fora achado no templo. Ele ficou de pé, ao lado da coluna que está diante do povo e, tanto ele como o povo, renovaram a aliança com o Senhor, em como obedeceriam à sua palavra, guardariam os seus mandamentos, preceitos e decretos, e obedeceriam ao Senhor com todo o seu coração e com toda a sua alma.

O rei deu instruções a Hilquias, o sumo sacerdote, aos sacerdotes e guardas do templo para destruírem todo o mobiliário e material que serviu para o culto prestado a Baal, a Achera, ao Sol, à Lua e às estrelas. O rei queimou tudo nos terrenos do vale de Cedron, fora de Jerusalém, e levou as cinzas para Betel. Também matou os sacerdotes do culto idólatra, nomeados para tal pelos anteriores reis de Judá, pois tinham queimado incenso nos santuários pagãos, em toda a terra de Judá e mesmo em Jerusalém. Também esses tinham oferecido incenso a Baal, ao Sol, à Lua, às estrelas e aos planetas. Também pôs fora da casa do Senhor o ídolo blasfemo de Achera e levou-o para Jerusalém, para o ribeiro de Cedron; queimou-o ali e desfê-lo em pó, lançando as cinzas nas sepulturas do povo comum. Mandou derrubar as casas dos homens prostitutos em volta do templo, onde as mulheres faziam roupa em honra da deusa Achera.

Tornou a mandar vir para Jerusalém os sacerdotes de Deus, que viviam noutras cidades de Judá, e destruiu todos os santuários pagãos onde se queimava incenso aos ídolos, mesmo os que estavam muito distantes, como em Geba e em Berseba. Destruiu igualmente os santuários pagãos à entrada do palácio de Josué, o antigo governador da cidade de Jerusalém, à esquerda de quem entra pela porta da cidade. Contudo, os sacerdotes desses santuários nunca serviram no altar do Senhor em Jerusalém, ainda que comessem pães sem fermento com os outros sacerdotes.

10 Também deitou abaixo o altar erigido a Tofete no vale de Ben-Hinom, de forma a que nunca mais ninguém ali pudesse oferecer em holocausto o seu filho ou filha como sacrifício a Moloque. 11 Mandou destruir igualmente as estátuas de cavalos e os carros localizados perto da entrada do templo, nas proximidades da residência de Natã-Meleque, o eunuco. Essas figuras tinham sido dedicadas, por anteriores reis de Judá, ao deus do Sol.

12 Fez o mesmo com os altares que os reis de Judá tinham feito erguer nos terraços da sala de Acaz. Os altares que Manassés levantara nos pátios do templo esmagou-os, despedaçando-os e lançando-os depois no vale de Cedron.

13 Seguidamente, tirou os santuários pagãos a oriente de Jerusalém e a sul do monte da Corrupção. Salomão tinha feito erguer esses santuários a Astarote, a abominável deusa dos sidónios, e a Quemós, o deus execrável de Moabe, e também a Milcom, o deus abominável dos amonitas. 14 Fez desaparecer os obeliscos e os vergonhosos ídolos de Achera; tornou esses terrenos imundos, espalhando neles ossos de cadáveres.

15 Fez o mesmo com o altar e os santuários pagãos de Betel, que Jeroboão I, filho de Nebate, mandara edificar e que levaram Israel a pecar dessa maneira. Desfez essas pedras e queimou o repugnante ídolo de Achera. 16 Enquanto ia observando a situação no território, Josias reparou em vários túmulos perto da montanha. Deu ordens aos seus homens que tirassem dali os ossos e que os queimassem sobre o altar de Betel, para o tornar impuro, tal como o homem de Deus tinha declarado, em nome do Senhor, que haveria de acontecer ao altar de Jeroboão.[a]

17 “Que monumento é aquele ali?”, perguntou. A gente da cidade respondeu-lhe: “É o túmulo do homem de Deus que veio de Judá e proclamou que haveria de acontecer aquilo que acabaste justamente de fazer com o altar de Betel!”

18 “Não mexam então nessa sepultura; deixem-na ficar assim!”, ordenou. E deixaram os ossos como estavam, mais os ossos dos profetas que vieram de Samaria.

19 Josias demoliu ainda os santuários pagãos de Samaria. Tinham sido erguidos por vários reis de Israel e suscitado grandemente a ira do Senhor. Desfê-los em pó, tal como fizera com o altar em Betel. 20 Mandou que os sacerdotes idólatras dos santuários pagãos fossem executados sobre os altares e queimou ossos humanos sobre eles para os tornar impuros. Finalmente, regressou a Jerusalém.

A celebração da Páscoa

(2 Cr 35.1, 18-19)

21 O rei deu ordens para todo o povo, dizendo: “Celebrem a Páscoa ao Senhor, vosso Deus, exatamente como está escrito neste livro da aliança.” 22 Não tinha havido comemoração da Páscoa semelhante a essa desde os dias dos juízes de Israel, e nunca mais houve outra assim em todos os anos dos reis de Israel e Judá. 23 Esta Páscoa teve lugar no décimo oitavo ano do reinado de Josias e foi celebrada em Jerusalém, em honra do Senhor.

24 Josias também mandou exterminar os médiuns, os adivinhos e toda a espécie de culto abominável e idólatra, tanto em Jerusalém como em toda a terra. Porque Josias estava decidido a cumprir as palavras e os mandamentos escritos no livro que o sacerdote Hilquias encontrara no templo. 25 Não houve outro rei que se tivesse convertido tão completamente ao Senhor e tivesse sido tão cumpridor da Lei dada por Moisés; nenhum outro rei depois dele foi tão obediente.

26 Contudo, o Senhor não afastou a sua grande ira de Judá, devido aos graves pecados do rei Manassés. 27 Porque o Senhor dissera: “Destruirei Judá como fiz com Israel; rejeitarei a minha cidade escolhida de Jerusalém e o templo que disse que seriam meus.”

A morte de Josias

(2 Cr 35.20–36.1)

28 O resto da biografia de Josias está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Judá.

29 Nesses dias o rei Neco do Egito atacou o rei da Assíria, junto ao rio Eufrates, e Josias declarou-lhe guerra. Neco matou Josias em Megido, logo que ali chegou. 30 Os seus chefes militares trouxeram o seu corpo para Jerusalém e colocaram-no na sepultura que escolhera. O seu filho Jeoacaz foi escolhido pelo povo para ser o novo rei.

Jeoacaz rei de Judá

(2 Cr 36.2-4)

31 O novo rei de Judá foi Jeoacaz. Quando começou a reinar tinha 23 anos. O seu reinado em Jerusalém durou três meses. A sua mãe chamava-se Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna. 32 Foi um mau rei. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, à semelhança de tudo o que de mal tinham feito os seus antecessores.

33 O Faraó Neco mandou-o prender em Ribla, na terra de Hamate, para impedir que reinasse, e impôs um tributo a Judá de 3400 quilos de prata e 34 quilos de ouro. 34 O soberano egípcio escolheu Eliaquim, um outro filho de Josias, para reinar em Jerusalém, mudando-lhe o nome para Joaquim. Levou depois o rei Jeoacaz para o Egito, onde morreu. 35 Joaquim estabeleceu um imposto sobre o povo para obter o dinheiro que o Faraó exigia.

Joaquim rei de Judá

(2 Cr 36.5-8)

36 O novo rei de Judá foi Joaquim. Tinha 25 anos quando começou a reinar e reinou 11 anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zebida e era filha de Pedaías, de Ruma. 37 Tal como outros reis anteriores, fez o que era mau aos olhos do Senhor.

Footnotes

  1. 23.16 Ver 1 Rs 13.2.

Josias repara o templo

22 Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Jedida, filha de Adaías, de Bozcate. E fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda.

Sucedeu, pois, que, no ano décimo oitavo do rei Josias, o rei mandou o escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à Casa do Senhor, dizendo: Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que tome o dinheiro que se trouxe à Casa do Senhor, o qual os guardas do umbral da porta ajuntaram do povo. E que o deem na mão dos que têm o cargo da obra e estão encarregados da Casa do Senhor; para que o deem àqueles que fazem a obra que na Casa do Senhor, para repararem as fendas da casa: aos carpinteiros, e aos edificadores, e aos pedreiros; e para comprar madeira e pedras lavradas, para repararem a casa. Porém com eles se não fez conta do dinheiro que se lhes entregara nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade.

Hilquias acha o livro da Lei

Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da Lei na Casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. Então, o escrivão Safã veio ao rei, e referiu ao rei a resposta, e disse: Teus servos ajuntaram o dinheiro que se achou na casa e o entregaram na mão dos que têm o cargo da obra, que estão encarregados da Casa do Senhor. 10 Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei.

11 Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da Lei, rasgou as suas vestes. 12 E o rei mandou a Hilquias, o sacerdote, e a Aicão, filho de Safã, e a Acbor, filho de Micaías, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, o servo do rei, dizendo: 13 Ide e consultai ao Senhor por mim, e pelo povo, e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto de nós está escrito.

Hulda, a profetisa

14 Então, o sacerdote Hilquias, e Aicão, e Acbor, e Safã, e Asaías foram à profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Ticva, o filho de Harás, o guarda das vestiduras (e ela habitava em Jerusalém, na segunda parte) e lhe falaram. 15 E ela lhes disse: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: 16 Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. 17 Porquanto me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira por todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará. 18 Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar ao Senhor, assim lhe direis: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca das palavras que ouviste: 19 Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o Senhor, quando ouviste o que falei contra este lugar e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para maldição, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor. 20 Pelo que eis que eu te ajuntarei a teus pais, e tu serás ajuntado em paz à tua sepultura, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar. Então, tornaram a trazer ao rei a resposta.

Josias ajunta todo o povo e renova o pacto do Senhor

23 Então, o rei ordenou, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele. E o rei subiu à Casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá, e todos os moradores de Jerusalém, e os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se achou na Casa do Senhor. E o rei se pôs em pé junto à coluna e fez o concerto perante o Senhor, para andarem com o Senhor, e guardarem os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com todo o coração e com toda a alma, confirmando as palavras deste concerto, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo esteve por este concerto.

E o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas do umbral da porta que se tirassem do templo do Senhor todos os utensílios que se tinham feito para Baal, e para o bosque, e para todo o exército dos céus; e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles a Betel. Também destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá e ao redor de Jerusalém, como também os que incensavam a Baal, ao sol, e à lua, e aos mais planetas, e a todo o exército dos céus. Também tirou da Casa do Senhor o ídolo do bosque para fora de Jerusalém até o ribeiro de Cedrom, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom, e o desfez em pó, e lançou o seu pó sobre as sepulturas dos filhos do povo. Também derribou as casas dos prostitutos cultuais que estavam na Casa do Senhor, em que as mulheres teciam casinhas para o ídolo do bosque. E a todos os sacerdotes trouxe das cidades de Judá, e profanou os altos em que os sacerdotes incensavam, desde Geba até Berseba, e derribou os altos das portas, que estavam à entrada da porta de Josué, o chefe da cidade, e que estavam à mão esquerda daquele que entrava pela porta da cidade. Mas os sacerdotes dos altos não sacrificavam sobre o altar do Senhor em Jerusalém; porém comiam pães asmos no meio de seus irmãos. 10 Também profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fizesse passar a seu filho ou sua filha pelo fogo a Moloque. 11 Também tirou os cavalos que os reis de Judá tinham destinado ao sol, à entrada da Casa do Senhor, perto da câmara de Natã-Meleque, o eunuco, que estava no recinto; e os carros do sol queimou a fogo. 12 Também o rei derribou os altares que estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais fizeram os reis de Judá; como também o rei derribou os altares que fizera Manassés nos dois átrios da Casa do Senhor; e, esmigalhados, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom. 13 O rei profanou também os altos que estavam defronte de Jerusalém, à mão direita do monte de Masite, os quais edificara Salomão, rei de Israel, a Astarote, a abominação dos sidônios, e a Quemos, a abominação dos moabitas, e a Milcom, a abominação dos filhos de Amom. 14 Semelhantemente quebrou as estátuas, e cortou os bosques, e encheu o seu lugar com ossos de homens.

O altar de Betel é profanado e derribado

15 E também o altar que estava em Betel e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar a Israel, juntamente com aquele altar, também o alto derribou; queimando o alto, em pó o desfez e queimou o ídolo do bosque. 16 E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no monte, e enviou, e tomou os ossos das sepulturas, e os queimou sobre aquele altar, e assim o profanou, conforme a palavra do Senhor, que apregoara o homem de Deus, quando apregoou estas palavras. 17 Então, disse: Que é este monumento que vejo? E os homens da cidade lhe disseram: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá, e apregoou estas coisas que fizeste contra este altar de Betel. 18 E disse: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Assim, deixaram estar os seus ossos com os ossos do profeta que viera de Samaria. 19 De mais disso, também Josias tirou todas as casas dos altos que havia nas cidades de Samaria, e que os reis de Israel tinham feito para provocarem o Senhor à ira; e lhes fez conforme todos os atos que tinha praticado em Betel. 20 E sacrificou todos os sacerdotes dos altos, que havia ali, sobre os altares, e queimou ossos de homens sobre eles; depois, voltou a Jerusalém.

A celebração da Páscoa

21 E o rei deu ordem a todo o povo, dizendo: Celebrai a Páscoa ao Senhor, vosso Deus, como está escrito no livro do concerto. 22 Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco dos reis de Judá. 23 Porém, no ano décimo oitavo do rei Josias, esta Páscoa se celebrou ao Senhor, em Jerusalém.

24 E também os adivinhos, e os feiticeiros, e os terafins, e os ídolos, e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, os extirpou Josias, para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na Casa do Senhor. 25 E antes dele não houve rei semelhante, que se convertesse ao Senhor com todo o seu coração, e com toda a sua alma, e com todas as suas forças, conforme toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro tal. 26 Todavia, o Senhor se não demoveu do ardor da sua grande ira, ira com que ardia contra Judá, por todas as provocações com que Manassés o tinha provocado. 27 E disse o Senhor: Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome.

28 Ora, o mais dos atos de Josias e tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no livro das Crônicas dos Reis de Judá? 29 Nos seus dias, subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra o rei da Assíria, ao rio Eufrates; e o rei Josias lhe foi ao encontro; e, vendo-o ele, o matou em Megido. 30 E seus servos o levaram morto de Megido, e o trouxeram a Jerusalém, e o sepultaram na sua sepultura; e o povo da terra tomou a Joacaz, filho de Josias, e o ungiram, e o fizeram rei em lugar de seu pai.

Joacaz reina e é levado cativo para o Egito

31 Tinha Joacaz vinte e três anos de idade quando começou a reinar e três meses reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. 32 E fez o que era mal aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizeram seus pais. 33 Porém Faraó-Neco o mandou prender em Ribla, em terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e à terra impôs a pena de cem talentos de prata e um talento de ouro. 34 Também Faraó-Neco estabeleceu rei a Eliaquim, filho de Josias, em lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome em Jeoaquim; porém a Joacaz tomou consigo, e veio ao Egito e morreu ali. 35 E Jeoaquim deu aquela prata e aquele ouro a Faraó; porém fintou a terra, para dar esse dinheiro conforme o mandado de Faraó; a cada um, segundo a sua avaliação, demandou a prata e o ouro do povo da terra, para o dar a Faraó-Neco.

36 Tinha Jeoaquim vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zebida, filha de Pedaías, de Ruma. 37 E fez o que era mal aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizeram seus pais.

31 Entretanto, os discípulos insistiam com Jesus para que comesse. 32 “Não!” disse-lhes. “Eu tenho um alimento que vocês não conhecem.” 33 E os discípulos puseram-se a perguntar uns aos outros quem lhe teria trazido comida.

34 Jesus explicou: “O meu alimento é fazer a vontade de Deus, que me enviou, e terminar a sua obra. 35 Pensam, porventura, que a ceifa só começará quando o verão acabar daqui a quatro meses? Olhem à vossa volta! Em torno de nós amadurecem vastos campos, já prontos para a ceifa. 36 Os ceifeiros recebem o seu salário e o fruto que colhem são pessoas trazidas para a vida eterna. E que alegria, tanto daquele que semeia como daquele que colhe! 37 Pois é bem verdade que um semeia o que outro irá colher. 38 Mandei-vos colher onde não semearam; outros tiveram o trabalho e vocês receberam a colheita.”

39 Muitos dos habitantes daquela terra samaritana creram em Jesus, levados por aquilo que a mulher afirmara: “Disse-me tudo o que fiz!” 40 Os que foram vê-lo junto ao poço pediram-lhe que ficasse na sua aldeia. E Jesus assim fez durante dois dias. 41 O suficiente para que muitos outros cressem depois de o ouvirem. 42 Então disseram à mulher: “Agora acreditamos porque nós próprios o ouvimos e não apenas pelo que nos contaste. É, de facto, o Salvador do mundo!”

Jesus cura o filho de um oficial

43 Depois de ter ficado ali dois dias, seguiu para a Galileia, 44 embora ele próprio tivesse dito que um profeta tem honras em toda a parte menos na sua própria terra. 45 Mas os galileus receberam-no de braços abertos, pois tinham estado em Jerusalém durante a festa da Páscoa e assistido aos seus milagres.

46 Regressou a Caná da Galileia, onde tinha transformado a água em vinho. Havia ali um homem, funcionário do governo, cujo filho estava doente em Cafarnaum. 47 Este homem, ao ouvir dizer que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi ao seu encontro para lhe pedir que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava quase à morte.

48 Jesus perguntou-lhe: “Então nenhum de vocês acredita em mim a não ser vendo-me fazer sinais e maravilhas?”

49 Mas o homem rogou-lhe: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”

50 “Volta para casa porque o teu filho vai sobreviver!” O homem, crendo em Jesus, voltou para casa.

51 Ainda ia a caminho, quando vieram ao encontro alguns servos com a notícia de que o filho já estava bom. 52 Perguntou-lhes quando fora que o jovem se sentira curado e responderam: “Ontem à tarde, por volta da uma hora, a febre desapareceu.” 53 Então aquele pai compreendeu que isso sucedera no preciso momento em que Jesus lhe dissera: “O teu filho vai sobreviver.” Ele e toda a sua casa creram. 54 Foi este o segundo sinal de Jesus na Galileia depois de ter vindo da Judeia.

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A ceifa e os ceifeiros

31 E, entretanto, os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. 32 Porém ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. 33 Então, os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém de comer? 34 Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. 35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. 36 E o que ceifa recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna, para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. 37 Porque nisso é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro, o que ceifa. 38 Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.

39 E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. 40 Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. 41 E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. 42 E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.

A cura do filho de um oficial do rei

43 E, dois dias depois, partiu dali e foi para a Galileia. 44 Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria. 45 Chegando, pois, à Galileia, os galileus o receberam, porque viram todas as coisas que fizera em Jerusalém no dia da festa; porque também eles tinham ido à festa.

46 Segunda vez foi Jesus a Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. E havia ali um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. 47 Ouvindo este que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi ter com ele e rogou-lhe que descesse e curasse o seu filho, porque estava à morte. 48 Então, Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis. 49 Disse-lhe o oficial: Senhor, desce, antes que meu filho morra. 50 Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse e foi-se. 51 E, descendo ele logo, saíram-lhe ao encontro os seus servos e lhe anunciaram, dizendo: O teu filho vive. 52 Perguntou-lhes, pois, a que hora se achara melhor; e disseram-lhe: Ontem, às sete horas, a febre o deixou. 53 Entendeu, pois, o pai que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua casa. 54 Jesus fez este segundo milagre quando ia da Judeia para a Galileia.

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