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Amazias rei de Judá

(2 Rs 14.1-14, 17-20)

25 Amazias tinha 25 anos quando se tornou rei. Reinou durante 29 anos em Jerusalém. O nome da sua mãe era Jeoadã, natural de Jerusalém. Fez o que era reto aos olhos do Senhor, mas não de todo o coração.

Assim que consolidou o seu domínio sobre a nação, mandou matar os homens que tinham assassinado o seu pai. Deixou, contudo, os seus filhos em paz, seguindo as ordens do Senhor, na Lei de Moisés, que estabelecem que os pais não poderão ser mortos por causa dos pecados dos filhos, nem os filhos pelos dos pais. A pessoa que merece morrer será morta em razão dos seus próprios crimes.

Amazias reorganizou também o exército, nomeando comandantes para cada um dos clãs de Judá e Benjamim. Fez depois um recenseamento, ficando a saber que o exército ascendia a 300 000 soldados com a idade de 20 anos para cima, todos treinados e hábeis no uso de lança e escudo. Outra das suas deliberações foi pagar 3400 quilos de prata pela contratação de 100 000 mercenários experientes vindos de Israel.

Veio, porém, ter com ele um homem de Deus com a seguinte mensagem: “Ó rei, não tomes contigo tropas de Israel, porque o Senhor não está com os descendentes de Efraim. Se os deixares ir à batalha com as tuas tropas, serás derrotado, por muito que te esforces. Deus tem poder para ajudar e para fazer cair.”

“E o dinheiro que já gastei?” perguntou Amazias. “Que faço agora?” O homem de Deus retorquiu: “O Senhor tem muito mais para te dar do que isso que aparentemente perdes!”

10 Então Amazias mandou embora essas tropas vindas de Efraim, que ficaram iradas, pois tomaram isso como um insulto.

11 Amazias encheu-se de coragem e levou o exército até ao vale do Sal, matando ali 10 000 homens de Seir. 12 Outros 10 000 foram levados ao cimo de uma elevação e lançados dali abaixo, morrendo dilacerados nas rochas.

13 Entretanto, as tropas israelitas que tinham sido mandadas embora fizeram várias incursões contra algumas localidades de Judá, nas vizinhanças de Bete-Horom, na região de Samaria, matando 3000 pessoas e levando consigo grande quantidade de despojos.

14 Quando o rei Amazias regressou daquela matança aos edomitas, trouxe consigo ídolos dos deuses do povo de Seir, e começou a queimar-lhes incenso. 15 Então a ira do Senhor acendeu-se e mandou um profeta perguntar-lhe: “Porque é que te puseste a prestar culto a esses deuses estrangeiros que não foram capazes de salvar o seu próprio povo das tuas mãos?”

16 “Quando foi que pedi a tua opinião?”, retorquiu-lhe o rei. “É melhor calares-te, se não és homem morto!”

Perante isto, o profeta calou-se e não insistiu mais, mas deixou este aviso: “Sei que Deus já determinou destruir-te, por teres adorado esses ídolos e recusado o meu conselho.”

17 O rei Amazias de Judá foi ouvir os seus conselheiros; depois declarou guerra ao rei Jeoás de Israel, filho de Jeoacaz e neto de Jeú, desafiando-o a mobilizar o exército e a vir combater contra ele.

18 O rei Jeoás enviou, no entanto, a Amazias a seguinte mensagem: “No Líbano um cardo mandou dizer a um cedro: ‘Dá a tua filha em casamento ao meu filho.’ Nessa altura, passou um animal selvagem que pisou o cardo e o esmagou! 19 Ficaste muito orgulhoso com a conquista de Edom; contudo, dou-te um conselho: fica em casa e não te metas comigo. Porque haverias de provocar um desastre não só para ti como para Judá?”

20 Amazias não lhe deu ouvidos; essa atitude foi estimulada por Deus, que tinha a intenção de o destruir, por ter prestado culto aos deuses de Edom. 21 Jeoás, rei de Israel, mandou preparar o seu exército. A batalha começou em Bete-Semes, uma das povoações de Judá. 22 Judá foi derrotado e o seu exército teve de fugir, cada um para sua casa. 23 O rei Jeoás de Israel capturou o rei Amazias em Bete-Semes e levou-o prisioneiro para Jerusalém. Aí, ordenou que fossem derrubados 200 metros da muralha da cidade, desde a porta de Efraim até à porta do Canto. 24 Depois tomou consigo todo o ouro, a prata e todos os objetos de valor que estavam na casa de Deus, ao cuidado de Obede-Edom, assim como os tesouros do palácio; levou também reféns e regressou a Samaria.

O fim do reinado de Amazias

(2 Rs 14.17-20)

25 O rei Amazias viveu ainda mais 15 anos depois de Jeoás, o rei de Israel, ter morrido. 26 O resto dos acontecimentos da vida de Amazias está escrito no Livro dos Reis de Judá e de Israel. 27 A partir da altura em que Amazias se desviou do Senhor, começaram a conspirar contra ele em Jerusalém. Ele fugiu para Laquis, mas perseguiram-no até Laquis e ali o mataram. 28 Levaram o seu corpo para Jerusalém, escoltado por um pelotão de cavalaria. Foi enterrado no cemitério real, junto dos seus antepassados, na cidade de Judá.

Uzias rei de Judá

(2 Rs 14.21-22; 15.1-4)

26 O povo de Judá coroou Uzias[a], que tinha 16 anos, para suceder a seu pai, Amazias Este reconstruiu a cidade de Elote e reintegrou-a em Judá, após a morte de seu pai. Uzias tinha dezasseis anos quando foi investido rei, e reinou durante 52 anos em Jerusalém. A sua mãe chamava-se Jecolia e era originária de Jerusalém. Conduziu-se com retidão aos olhos do Senhor, imitando o seu pai Amazias naquilo que este tinha feito de bem. Enquanto viveu Zacarias, homem entendido nas visões de Deus, Uzias esforçou-se por fazer o que era reto aos olhos do Senhor. Enquanto o rei buscou a Deus, as coisas correram-lhe bem.

Declarou guerra aos filisteus e conquistou a cidade de Gate, derrubando as suas muralhas; fez o mesmo às cidades de Jabné e Asdode. Construiu posteriormente novas povoações, na área de Asdode e noutras partes da Filisteia. Deus ajudou-o, não somente nessas guerras contra os filisteus, mas ainda contra os árabes de Gur-Baal e contra os meunitas. Os amonitas ficaram a pagar-lhe um tributo, e a sua fama espalhou-se até ao Egito, tornando-se muito poderoso.

Edificou torres fortificadas em Jerusalém, na porta do Canto, na porta do vale e nos ângulos da muralha. 10 Também construiu fortalezas no Negueve, assim como muitos reservatórios de água, pois tinha grandes rebanhos e gado, tanto nos vales como nas planícies. Era um homem que amava o trabalho agrícola; tinha ao seu serviço fazendeiros e vinhateiros nas montanhas e nas campinas férteis.

11 Reorganizou o exército em regimentos, enviando para os destacamentos militares homens aptos para o combate, segundo o recrutamento ordenado por Jeiel, secretário-geral do exército, e pelo seu assistente Maaseia. O comando militar das suas tropas estava sob as ordens de Hananias. 12 Dentro do exército, 2600 bravos oficiais, todos eles chefes de clãs, tinham responsabilidades de chefia. 13 O número total dos militares alistados era de 307 500 homens, todos cuidadosamente preparados para o combate e dispostos a obedecer às ordens do rei.

14 Uzias equipou o exército com armamento: escudos, lanças, couraças, arcos, e até fundas para arremesso de pedras. 15 Forneceu também capacetes para os soldados. Mandou igualmente construir máquinas de guerra, inventadas por competentes construtores de engenhos, as quais ficaram em Jerusalém. Essas máquinas serviam para atirar flechas e grandes pedras, a partir das torres fortificadas nos cantos da muralha. Ganhou grande fama e tornou-se poderoso, porque o Senhor o ajudou.

Infidelidade de Uzias

(2 Rs 15.5-7)

16 Depois disso, quando se viu cheio de poder, começou a tornar-se orgulhoso e corrupto. Transgrediu as leis do Senhor, seu Deus, entrando no santuário do templo, o que lhe era absolutamente ilícito, e queimou ele próprio incenso sobre o altar. 17 Azarias, o sumo sacerdote, entrou atrás dele, acompanhado de 80 sacerdotes, todos homens fortes. 18 Ordenou-lhe que saísse dali: “Não é da tua competência, Uzias, queimar incenso perante o Senhor!”, declarou-lhe. “Essa é uma função estritamente reservada aos sacerdotes, aos filhos de Aarão, que foram consagrados para esse serviço. Retira-te daqui! Transgrediste contra o Senhor Deus, e o que estás a fazer não é honroso para ti!”

19 Uzias ficou furioso e recusou largar o incensário que segurava na mão. Nessa altura, começou a aparecer-lhe lepra na testa, ali aos olhos de todos os sacerdotes. 20 Estes e Azarias, quando viram aquilo, empurraram-no apressadamente para fora. Ele próprio se apressou a sair dali, pois reconheceu que o Senhor o castigava.

21 Uzias ficou leproso até morrer e foi obrigado a viver isolado, numa casa à parte, excluído do contacto com as pessoas e com o templo. O seu filho Jotão tornou-se regente, gerindo os assuntos da governação do reino e atendendo aos problemas do povo.

22 O resto dos acontecimentos deste reinado, do começo até ao final, foi escrito pelo profeta Isaías, filho de Amós. 23 Quando morreu, Uzias foi sepultado no cemitério real, apesar de estar leproso. O seu filho Jotão ascendeu ao trono.

Jotão rei de Judá

(2 Rs 15.32-38)

27 Jotão tinha 25 anos quando se sentou no trono. Reinou 16 anos, tendo Jerusalém como sua capital. A sua mãe era Jerusa, filha de Zadoque. Conduziu-se de forma reta aos olhos do Senhor, seguindo os passos de seu pai Uzias, à excessão daquele pecado de entrar no santuário do templo. Apesar disso, o povo continuou a corromper-se. Construiu a porta alta do templo e fez obras extensas de reconstrução das muralhas da cidade, na zona de Ofel, onde o templo se erguia. Edificou povoações nas montanhas de Judá e erigiu fortalezas e torres fortificadas na região dos bosques.

Saiu vitorioso na guerra contra os amonitas, ficando a receber, durante três anos, um tributo anual de 3400 toneladas de prata, 1600 toneladas de trigo e outro tanto de cevada.

Jotão tornou-se poderoso, porque foi cuidadoso em dirigir os seus passos pelos caminhos do Senhor, seu Deus.

O resto dos acontecimentos da vida de Jotão, incluindo as guerras que travou e outros factos, está relatado no Livro dos Reis de Israel e de Judá. Tinha 25 anos quando se sentou no trono e reinou 16 anos, tendo Jerusalém como sua capital. Quando Jotão faleceu, foi sepultado junto dos seus antepassados na Cidade de David. O seu filho Acaz ocupou o trono.

Footnotes

  1. 26.1 No livro de 2 Reis, este rei é também chamado Azarias.

Amazias vence os edomitas

25 Era Amazias da idade de vinte e cinco anos quando começou a reinar e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Jeoadã, de Jerusalém. E fez o que era reto aos olhos do Senhor, porém não com coração inteiro. Sucedeu, pois, que, sendo-lhe o reino já confirmado, matou os seus servos que feriram o rei, seu pai; porém não matou os seus filhos, mas fez como na Lei está escrito, no livro de Moisés, como o Senhor ordenou, dizendo: Não morrerão os pais pelos filhos, nem os filhos morrerão pelos pais; mas cada um morrerá pelo seu pecado.

E Amazias ajuntou a Judá e o pôs segundo as casas dos pais, por chefes de milhares e por chefes de centenas, por todo o Judá e Benjamim; e os numerou de vinte anos e daí para cima e achou deles trezentos mil escolhidos que saíam ao exército e levavam lança e escudo. Também de Israel tomou a soldo cem mil varões valentes, por cem talentos de prata. Porém um homem de Deus veio a ele, dizendo: Ó rei, não deixes ir contigo o exército de Israel, porque o Senhor não é com Israel, a saber, com os filhos de Efraim. Se porém, fores, faze-o, esforça-te para a peleja; Deus te fará cair diante do inimigo, porque força há em Deus para ajudar e para fazer cair. E disse Amazias ao homem de Deus: Que se fará, pois, dos cem talentos de prata que dei às tropas de Israel? E disse o homem de Deus: Mais tem o Senhor que te dar do que isso. 10 Então, separou Amazias as tropas que lhe tinham vindo de Efraim, para que se fossem ao seu lugar; pelo que se acendeu a sua ira contra Judá, e voltaram para o seu lugar em ardor de ira. 11 Esforçou-se, pois, Amazias, e conduziu o seu povo, e foi-se ao vale do Sal; e feriu dos filhos de Seir dez mil. 12 Também os filhos de Judá prenderam vivos dez mil, e os trouxeram ao cume da rocha, e do mais alto da rocha os lançaram abaixo, e todos arrebentaram. 13 Porém os homens das tropas que Amazias despedira para que não fossem com ele à peleja deram sobre as cidades de Judá, desde Samaria até Bete-Horom; e feriram deles três mil e saquearam grande despojo.

Deus castiga Amazias por causa da idolatria

14 E sucedeu que, depois que Amazias veio da matança dos edomitas, trouxe consigo os deuses dos filhos de Seir, tomou-os por seus deuses, e prostrou-se diante deles, e queimou-lhes incenso. 15 Então, a ira do Senhor se acendeu contra Amazias, e mandou-lhe um profeta, que lhe disse: Por que buscaste deuses do povo, que a seu povo não livraram das tuas mãos? 16 E sucedeu que, falando-lhe ele, lhe respondeu: Puseram-te por conselheiro do rei? Cala-te, por que te feririam? Então, o profeta parou e disse: Bem vejo eu que já Deus deliberou destruir-te, porquanto fizeste isso e não deste ouvidos a meu conselho.

17 E, tendo tomado conselho, Amazias, rei de Judá, enviou a Joás, filho de Jeoacaz, filho de Jeú, rei de Israel, a dizer: Vem, vejamo-nos face a face. 18 Porém Joás, rei de Israel, mandou dizer a Amazias, rei de Judá: O cardo que estava no Líbano mandou dizer ao cedro que estava no Líbano: Dá tua filha a meu filho por mulher; porém os animais do campo que estão no Líbano passaram e pisaram o cardo. 19 Tu dizes: Eis que tenho ferido os edomitas, e elevou-se o teu coração, para te gloriares; agora, pois, fica em tua casa; por que te meterias no mal, para caíres tu e Judá contigo?

20 Porém Amazias não lhe deu ouvidos, porque isto vinha de Deus, para entregá-los nas mãos dos seus inimigos, porquanto buscaram os deuses dos edomitas. 21 E Joás, rei de Israel, subiu; e ele e Amazias, rei de Judá, viram-se face a face em Bete-Semes, que está em Judá. 22 E Judá foi ferido diante de Israel, e foi cada um para as suas tendas. 23 E Joás, rei de Israel, prendeu a Amazias, rei de Judá, filho de Joás, o filho de Jeoacaz, em Bete-Semes, e o trouxe a Jerusalém; e derribou o muro de Jerusalém, desde a Porta de Efraim até à Porta da Esquina, um trecho de quatrocentos côvados. 24 Também tomou todo o ouro, e a prata, e todos os utensílios que se acharam na Casa de Deus com Obede-Edom, e os tesouros da casa do rei, e os reféns e voltou para Samaria.

25 E viveu Amazias, filho de Joás, rei de Judá, depois da morte de Joás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, quinze anos. 26 Quanto ao mais dos atos de Amazias, tanto os primeiros como os últimos, eis que, porventura, não estão escritos no livro da história dos reis de Judá e de Israel? 27 E, desde o tempo que Amazias se desviou do Senhor, conspiraram contra ele em Jerusalém, porém ele fugiu para Laquis; mas enviaram após ele a Laquis e o mataram ali. 28 E o trouxeram sobre cavalos e o sepultaram com seus pais na Cidade de Davi.

Uzias reina e prospera

26 Então, todo o povo tomou a Uzias, que era da idade de dezesseis anos, e o fez rei em lugar de Amazias, seu pai. Este edificou a Elate e a restituiu a Judá, depois que o rei adormeceu com seus pais. Era Uzias da idade de dezesseis anos quando começou a reinar e cinquenta e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Jecolias, de Jerusalém. E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Amazias, seu pai. Porque deu-se a buscar a Deus nos dias de Zacarias, sábio nas visões de Deus; e, nos dias em que buscou o Senhor, Deus o fez prosperar.

Porque saiu, e guerreou contra os filisteus, e quebrou o muro de Gate, e o muro de Jabné, e o muro de Asdode, e edificou cidades em Asdode e entre os filisteus. E Deus o ajudou contra os filisteus, e contra os arábios que habitavam em Gur-Baal, e contra os meunitas. E os amonitas deram presentes a Uzias, e o seu renome foi espalhado até à entrada do Egito, porque se fortificou altamente. Também Uzias edificou torres em Jerusalém, à Porta da Esquina, à Porta do Vale e aos ângulos e as fortificou. 10 Também edificou torres no deserto e cavou muitos poços, porque tinha muito gado, tanto nos vales como nas campinas, lavradores e vinhateiros, nos montes e nos campos férteis, porque era amigo da agricultura. 11 Tinha também Uzias um exército de homens destros nas armas, que saíam à guerra, em tropas, segundo o número da lista feita por mão de Jeiel, chanceler, e Maaseias, oficial, debaixo das mãos de Hananias, um dos príncipes do rei. 12 Todo o número dos chefes dos pais, varões valentes, era de dois mil e seiscentos. 13 E, debaixo das suas ordens, havia um exército guerreiro de trezentos e sete mil e quinhentos homens, que faziam a guerra com força belicosa, para ajudar o rei contra os inimigos. 14 E preparou-lhes Uzias, para todo o exército, escudos, e lanças, e capacetes, e couraças, e arcos, e até fundas para atirar pedras. 15 Também fez em Jerusalém máquinas da invenção de engenheiros, que estivessem nas torres e nos cantos, para atirarem flechas e grandes pedras; e voou a sua fama até muito longe, porque foi maravilhosamente ajudado até que se tornou forte.

Uzias é atacado de lepra

16 Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso. 17 Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, e, com ele, oitenta sacerdotes do Senhor, varões valentes. 18 E resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para queimar incenso; sai do santuário, porque transgrediste; e não será isso para honra tua da parte do Senhor Deus. 19 Então, Uzias se indignou e tinha o incensário na sua mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu à testa perante os sacerdotes, na Casa do Senhor, junto ao altar do incenso. 20 Então, o sumo sacerdote Azarias olhou para ele, como também todos os sacerdotes, e eis que já estava leproso na sua testa, e apressuradamente o lançaram fora; e até ele mesmo se deu pressa a sair, visto que o Senhor o ferira. 21 Assim ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do Senhor; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra.

22 Quanto ao mais dos atos de Uzias, tanto os primeiros como os derradeiros, o profeta Isaías, filho de Amoz, o escreveu. 23 E dormiu Uzias com seus pais, e o sepultaram com seus pais no campo do sepulcro que era dos reis, porque disseram: Leproso é. E Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.

Jotão reina bem e vence os amonitas

27 Tinha Jotão vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e dezesseis anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Jerusa, filha de Zadoque. E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Uzias, seu pai, exceto que não entrou no templo do Senhor, e ainda o povo se corrompia. Ele edificou a Porta Alta da Casa do Senhor e edificou muito sobre o muro de Ofel. Edificou cidades nas montanhas de Judá e edificou nos bosques castelos e torres. Ele também guerreou contra o rei dos filhos de Amom e prevaleceu sobre eles, de modo que os filhos de Amom, naquele ano, lhe deram cem talentos de prata, e dez mil coros de trigo, e dez mil de cevada; isso lhe trouxeram os filhos de Amom também no segundo e no terceiro ano. Assim se fortificou Jotão, porque dirigiu os seus caminhos na presença do Senhor, seu Deus. O resto, pois, dos atos de Jotão, e todas as suas guerras, e os seus caminhos, eis que tudo está escrito no livro da história dos reis de Israel e de Judá. Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e dezesseis anos reinou em Jerusalém. E dormiu Jotão com seus pais, e o sepultaram na Cidade de Davi; e Acaz, seu filho, reinou em seu lugar.

16 “Disse-vos estas coisas para que não se desviem. Porque serão expulsos das sinagogas. Aproxima-se o momento em que aqueles que vos matarem julgarão ter feito um serviço a Deus. Porque nunca conheceram nem o Pai nem a mim. Sim, digo-vos estas coisas agora para que, quando chegar o momento, se lembrem de que vos avisei. Não vos disse mais cedo, porque ia ainda estar convosco mais algum tempo.

A obra do Espírito Santo

Agora, volto para aquele que me enviou, mas nenhum de vocês me pergunta para onde vou. Em vez disso, sentem apenas tristeza. Na verdade, é melhor que eu vá, porque se eu não for não virá o Consolador. Se eu for, ele virá, pois vou enviá-lo. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, de que têm de contar com a justiça de Deus e de que haverá um juízo. O pecado do mundo é não crer em mim. 10 Haverá justiça porque eu vou para o Pai e vocês não me verão mais. 11 O juízo virá porque o chefe deste mundo já foi julgado.

12 Ficam ainda tantas outras coisas que vos queria dizer, mas agora não as podem suportar!

13 Mas quando o Espírito da verdade vier, ele vos guiará em toda a verdade. Ele não apresentará as suas próprias ideias, mas irá transmitir aquilo que ouviu. Ele vos revelará o futuro. 14 Glorificar-me-á, pois recebê-la-á de mim e vo-la mostrará. 15 Tudo quanto o Pai tem é meu e é isto que vos quero dizer ao afirmar que a receberá de mim e vo-la mostrará.

16 Mais um pouco de tempo e terei partido, e não me tornarão a ver! Mais um pouco de tempo ainda e ver-me-ão de novo!”

A tristeza dará lugar à alegria

17 “Mas o que está ele a dizer?”, interrogavam-se os discípulos. “Que é isto quando ele diz: ‘Não me verão, mas mais tarde hão de ver-me’? Que quer dizer: ‘Eu vou para o Pai’? 18 E o que significa: ‘Um pouco mais tarde’? Não entendemos!”

19 Jesus percebeu que pretendiam que se explicasse melhor e disse: “Interrogam-se sobre o que quero dizer? 20 É realmente como vos digo: num breve tempo partirei e não me verão mais. Então um pouco mais tarde, vocês me verão de novo. O mundo ficará feliz com o que me vai acontecer e vocês chorarão. Mas o vosso choro se transformará de súbito em alegria. 21 É a mesma alegria que tem uma mulher quando nasce o seu filho, pois ao medo segue-se o encanto, e a dor fica esquecida. 22 Agora estão desgostosos, mas eu tornarei a ver-vos, e então alegrar-se-ão; e essa alegria ninguém a poderá roubar. 23 E naquele dia não precisarão de me pedir nada. É realmente como vos digo, para que o Pai vos dê tudo o que lhe pedirem em meu nome. 24 Ainda não experimentaram fazê-lo; mas peçam, invocando o meu nome, e receberão, e terão alegria abundante.

25 Falei-vos destas coisas por meio de parábolas, mas virá o momento em que isso não será necessário e de forma bem clara vos revelarei o Pai. 26 Então poderão apresentar os vossos pedidos em meu nome. E não será preciso eu pedir ao Pai por vós; 27 pois o Pai ama-vos muito por me amarem e crerem que venho dele. 28 Sim, vim do Pai a este mundo e deixarei o mundo para voltar para o Pai!”

29 “Até que enfim falas claramente e não por parábolas!”, reconheceram os discípulos. 30 “Agora compreendemos que sabes tudo e sabes até o que precisamos de conhecer, sem te interrogarmos. Por isso, acreditamos que foi de Deus que vieste.”

31 Jesus disse: “Acreditam finalmente? 32 Mas virá o momento, e é agora, em que serão espalhados, cada um seguindo o seu próprio caminho, deixando-me só. No entanto, não estarei sozinho, porque o Pai está comigo! 33 Disse-vos tudo isto para que tenham paz. Aqui na Terra terão muitos sofrimentos. Mas tenham coragem, porque eu venci o mundo!”

Continuação das últimas instruções aos discípulos

16 Tenho-vos dito essas coisas para que vos não escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus. E isso vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim. Mas tenho-vos dito isso, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que vo-lo tinha dito; e eu não vos disse isso desde o princípio, porque estava convosco. E, agora, vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? Antes, porque isso vos tenho dito, o vosso coração se encheu de tristeza. Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; 10 da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; 11 e do juízo, porque o príncipe deste mundo está julgado. 12 Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. 13 Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. 14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. 15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

16 Um pouco, e não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis, porquanto vou para o Pai. 17 Então, alguns dos seus discípulos disseram uns para os outros: Que é isto que nos diz: Um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis; e: Porquanto vou para o Pai? 18 Diziam, pois: Que quer dizer isto: um pouco? Não sabemos o que diz. 19 Conheceu, pois, Jesus que o queriam interrogar e disse-lhes: Indagais entre vós acerca disto que disse: um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis? 20 Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria. 21 A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. 22 Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará. 23 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. 24 Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra.

25 Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai. 26 Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai, 27 pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes e crestes que saí de Deus. 28 Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai.

29 Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que, agora, falas abertamente e não dizes parábola alguma. 30 Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus. 31 Respondeu-lhes Jesus: Credes, agora? 32 Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só, mas não estou só, porque o Pai está comigo. 33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.