在彼拉多面前受审

23 于是,众人动身把耶稣押到彼拉多那里, 指控祂说:“这人蛊惑民心,禁止百姓向凯撒纳税,又说自己是基督,是君王。”

彼拉多问耶稣:“你是犹太人的王吗?”

耶稣回答说:“如你所言。”

彼拉多转过身来,对祭司长和百姓宣布:“我查不出这人有什么罪。” 但他们坚持说:“这个人从加利利开始一直到这里,在犹太地区四处传道,煽动民心。”

彼拉多听后,问道:“祂是加利利人吗?” 他得知耶稣来自分封王希律的辖区后,便把耶稣送交希律,希律刚巧在耶路撒冷。

在希律面前受辱

希律见到耶稣,十分高兴,因为他听过耶稣的事,早就想见祂,希望看祂行神迹。 他问了耶稣许多问题,耶稣却一言不发。 10 祭司长和律法教师站在那里极力地指控耶稣。

11 希律和他的卫兵嘲弄侮辱耶稣,给祂穿上华丽的袍子,把祂押回彼拉多那里。 12 希律和彼拉多向来互相敌视,但在那一天竟化敌为友。

无辜被判死罪

13 彼拉多召来祭司长、官长和百姓, 14 对他们说:“你们带这个人来,指控祂煽动百姓造反,我当着你们的面审问了祂,却查不出祂有任何你们指控祂的罪。 15 希律也查不出祂有什么罪,所以把祂送回来了。可见,这人并没有犯什么该死的罪。 16 因此,我要惩戒祂,然后释放祂。” 17 每逢逾越节,总督总是按惯例给他们释放一个囚犯。[a]

18 这时,众人齐声呼喊:“杀掉祂!释放巴拉巴!” 19 巴拉巴是因在城里叛乱杀人而被下在监里的。

20 彼拉多想释放耶稣,便劝解他们。 21 但他们一直喊:“把祂钉在十字架上!把祂钉在十字架上!”

22 彼拉多第三次问百姓:“为什么?祂犯了什么罪?我找不出该处死祂的罪证。因此,我要惩戒祂,然后释放祂。”

23 众人却继续大声喊叫,执意要求把耶稣钉在十字架上。最后,他们的声势占了上风。 24 于是,彼拉多依照他们的要求, 25 释放了叛乱杀人的囚犯巴拉巴,并把耶稣交给他们任意处置。

钉十字架

26 他们带耶稣出去的时候,抓住从乡下来的古利奈人西门,让他背着十字架跟在耶稣后面。

27 有一大群人跟在耶稣后面,其中有不少妇女为耶稣伤心痛哭。 28 耶稣转过身来,对她们说:“耶路撒冷的女儿啊,不要为我哭,为你们自己和你们的儿女哭吧! 29 因为日子快到了,人们将说,‘不曾生育、不曾怀孕、不曾哺乳的女子有福了!’ 30 到时候,人们会向大山说,‘倒在我们身上吧!’又会对小山说,‘遮盖我们吧!’ 31 树木青葱的时候,他们尚且做这些事,树木枯干的时候,又会怎样呢?[b]

32 当时有两个罪犯和耶稣一同被押去受刑。 33 他们到了一个叫“髑髅”的地方,便把耶稣钉在十字架上,又将两个罪犯分别钉在祂左右两边。

34 耶稣祷告说:“父啊,赦免他们!因为他们不知道自己在做什么。”士兵抽签分了耶稣的衣裳。

35 百姓站着观看,官长嘲笑耶稣说:“祂救了别人,如果祂是上帝所选立的基督,让祂救自己吧!”

36 士兵们也戏弄祂,拿了些酸酒上前给祂喝, 37 又说:“如果你是犹太人的王,救救自己呀!”

38 耶稣上方有一块牌子,上面写着:“这是犹太人的王”。

39 跟耶稣同钉十字架的一个罪犯也讥笑耶稣,说:“你不是基督吗?救你自己和我们呀!”

40 另一个罪犯却责备他说:“你同样是受刑的,难道不怕上帝吗? 41 我们是罪有应得,但这个人没有犯过罪。” 42 他随即恳求耶稣:“耶稣啊,当你来执掌王权的时候,请你记得我。”

43 耶稣对他说:“我实在告诉你,今天你要和我一起在乐园里了。”

耶稣之死

44 那时大约是正午,黑暗笼罩着整个大地,一直到下午三点, 45 太阳黯然无光。忽然挂在圣殿里的幔子从中间裂成两半。 46 耶稣大声喊着说:“父啊,我将我的灵魂交在你手中。”说完,就断气了。

47 百夫长见此情形,便赞美上帝,说:“这人的确是个义人。”

48 围观的人见状,无不捶胸顿足黯然离去。 49 耶稣熟识的人和从加利利跟着祂来的妇女们都站在远处观看。

耶稣的安葬

50 有一位名叫约瑟的公会议员心地善良、为人正直, 51 住在犹太地区的亚利马太城,一直在等候上帝国的降临。他并不苟同公会的决定。 52 他去求见彼拉多,要求领取耶稣的遗体。 53 他把耶稣的遗体从十字架上取下来,用细麻布裹好,然后安放在一个从岩壁上凿出的新墓穴里。 54 当天是预备日,安息日快到了。

55 和耶稣一起从加利利来的妇女跟在约瑟后面,看到了耶稣的坟墓,并且看到祂的遗体被安放好之后, 56 便回家去预备香料和膏油。安息日到了,她们按律法的规定休息了一天。

Footnotes

  1. 23:17 有古卷无“每逢逾越节,总督总是按惯例为他们释放一个囚犯。”
  2. 23:31 此句或译“他们尚且如此对待青葱的树木,将来又会怎样对待枯干的树木呢?”

Jesus perante Pilatos e perante Herodes(A)

23 E, levantando-se toda a multidão deles, o levaram a Pilatos. E começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei. E Pilatos perguntou-lhe, dizendo: Tu és o Rei dos judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes. E disse Pilatos aos principais dos sacerdotes e à multidão: Não acho culpa alguma neste homem. Mas eles insistiam cada vez mais, dizendo: Alvoroça o povo ensinando por toda a Judeia, começando desde a Galileia até aqui. Então, Pilatos, ouvindo falar da Galileia, perguntou se aquele homem era galileu. E, sabendo que era da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também, naqueles dias, estava em Jerusalém.

E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito, porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal. E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia. 10 E estavam os principais dos sacerdotes e os escribas acusando-o com grande veemência. 11 E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o, e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente, e tornou a enviá-lo a Pilatos. 12 E, no mesmo dia, Pilatos e Herodes, entre si, se fizeram amigos; pois, dantes, andavam em inimizade um com o outro.

13 E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados, e o povo, disse-lhes: 14 Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. 15 Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. 16 Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei. 17 E era-lhe necessário soltar-lhes um detento por ocasião da festa. 18 Mas toda a multidão clamou à uma, dizendo: Fora daqui com este e solta-nos Barrabás. 19 Barrabás fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade e de um homicídio. 20 Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a Jesus. 21 Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! 22 Então, ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei. 23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos e os dos principais dos sacerdotes redobravam. 24 Então, Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam. 25 E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.

Jesus a caminho do Gólgota

26 E, quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.

27 E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos e o lamentavam. 28 Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos. 29 Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram! 30 Então, começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! 31 Porque, se ao madeiro verde fazem isso, que se fará ao seco?

32 E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos.

A crucificação(B)

33 E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro, à esquerda. 34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. 35 E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus. 36 E também os soldados escarneciam dele, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre, 37 e dizendo: Se tu és o Rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. 38 E também, por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas e hebraicas: Este é O Rei dos Judeus.

39 E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. 40 Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? 41 E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. 42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. 43 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.

44 E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, 45 escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o véu do templo. 46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. 47 E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo. 48 E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos.

A sepultura de Jesus(C)

49 E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galileia estavam de longe vendo essas coisas.

50 E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo 51 (que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros), natural de Arimateia, cidade dos judeus, e que também esperava o Reino de Deus, 52 este, chegando a Pilatos, pediu o corpo de Jesus. 53 E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto. 54 E era o Dia da Preparação, e amanhecia o sábado. 55 E as mulheres que tinham vindo com ele da Galileia seguiram também e viram o sepulcro e como foi posto o seu corpo. 56 E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos e, no sábado, repousaram, conforme o mandamento.

Jesus diante de Pilatos(A)

23 Em seguida o grupo todo se levantou e levou Jesus para Pilatos. Lá, começaram a acusá-lo, dizendo:

— Pegamos este homem tentando fazer o nosso povo se revoltar, dizendo a eles que não pagassem impostos ao Imperador e afirmando que ele é o Messias, um rei.

Aí Pilatos perguntou a Jesus:

— Você é o rei dos judeus?

Jesus respondeu:

— Quem está dizendo isso é o senhor.

Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão:

— Não encontro nenhum motivo para condenar este homem.

Mas eles insistiram:

— Ele está causando desordem entre o povo em toda a Judeia. Ele começou na Galileia e agora chegou aqui.

Jesus diante de Herodes

Ouvindo isso, Pilatos perguntou:

— Este homem é da Galileia?

Quando soube que Jesus era da região governada por Herodes, Pilatos o mandou para ele, pois Herodes também estava em Jerusalém naquela ocasião. Herodes ficou muito contente quando viu Jesus, pois tinha ouvido falar a respeito dele e fazia muito tempo que queria vê-lo. Ele desejava ver Jesus fazer algum milagre. Então fez muitas perguntas a Jesus, mas ele não respondeu nada. 10 Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei se apresentaram e fizeram acusações muito fortes contra Jesus. 11 Herodes e os seus soldados zombaram de Jesus e o trataram com desprezo. Puseram nele uma capa luxuosa e o mandaram de volta para Pilatos. 12 Naquele dia Herodes e Pilatos, que antes eram inimigos, se tornaram amigos.

Jesus é condenado à morte(B)

13 Pilatos reuniu os chefes dos sacerdotes, os líderes judeus e o povo 14 e disse:

— Vocês me trouxeram este homem e disseram que ele estava atiçando o povo para fazer uma revolta. Pois eu já lhe fiz várias perguntas diante de todos vocês, mas não encontrei nele nenhuma culpa dessas coisas de que vocês o acusam. 15 Herodes também não encontrou nada contra ele e por isso o mandou de volta para nós. Assim, é claro que este homem não fez nada que mereça a pena de morte. 16 Eu vou mandar que ele seja chicoteado e depois o soltarei.

17 [Na Festa da Páscoa, Pilatos tinha o costume de soltar algum preso, a pedido do povo.] 18 Aí toda a multidão começou a gritar:

— Mata esse homem! Solta Barrabás para nós!

19 Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por assassinato.

20 Então Pilatos, querendo soltar Jesus, falou outra vez com a multidão. 21 Mas eles gritavam mais ainda:

— Crucifica! Crucifica!

22 E Pilatos disse pela terceira vez:

— Mas qual foi o crime dele? Não vejo neste homem nada que faça com que ele mereça a pena de morte. Vou mandar que ele seja chicoteado e depois o soltarei.

23 Porém eles continuaram a gritar bem alto, pedindo que Jesus fosse crucificado; e a gritaria deles venceu. 24 Pilatos condenou Jesus à morte, como pediam. 25 E soltou o homem que eles queriam — aquele que havia sido preso por causa de revolta e de assassinato. E entregou Jesus para fazerem com ele o que quisessem.

A crucificação de Jesus(C)

26 Então os soldados levaram Jesus. No caminho, eles encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, que vinha do campo. Agarraram Simão e o obrigaram a carregar a cruz, seguindo atrás de Jesus.

27 Uma grande multidão o seguia. Nela havia algumas mulheres que choravam e se lamentavam por causa dele. 28 Jesus virou-se para elas e disse:

— Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim, mas por vocês e pelos seus filhos! 29 Porque chegarão os dias em que todos vão dizer: “Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, que nunca deram à luz e que nunca amamentaram!” 30 Chegará o tempo em que todos vão dizer às montanhas: “Caiam em cima de nós!” E dirão também aos montes: “Nos cubram!” 31 Porque, se isso tudo é feito quando a lenha está verde, o que acontecerá, então, quando ela estiver seca?

32 Levaram também dois criminosos para serem mortos com Jesus. 33 Quando chegaram ao lugar chamado “A Caveira”, ali crucificaram Jesus e junto com ele os dois criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda.

34 [Então Jesus disse:

— Pai, perdoa esta gente! Eles não sabem o que estão fazendo.]

Em seguida, tirando a sorte com dados, os soldados repartiram entre si as roupas de Jesus. 35 O povo ficou ali olhando, e os líderes judeus zombavam de Jesus, dizendo:

— Ele salvou os outros. Que salve a si mesmo, se é, de fato, o Messias que Deus escolheu!

36 Os soldados também zombavam de Jesus. Chegavam perto dele e lhe ofereciam vinho comum 37 e diziam:

— Se você é o rei dos judeus, salve a você mesmo!

38 Na cruz, acima da sua cabeça, estavam escritas as seguintes palavras: “Este é o Rei dos Judeus”.

39 Um dos criminosos que estavam crucificados ali insultava Jesus, dizendo:

— Você não é o Messias? Então salve a você mesmo e a nós também!

40 Porém o outro o repreendeu, dizendo:

— Você não teme a Deus? Você está debaixo da mesma condenação que ele recebeu. 41 A nossa condenação é justa, e por isso estamos recebendo o castigo que nós merecemos por causa das coisas que fizemos; mas ele não fez nada de mau.

42 Então disse:

— Jesus, lembre de mim quando o senhor vier como Rei!

43 Jesus respondeu:

— Eu afirmo a você que isto é verdade: hoje você estará comigo no paraíso.

A morte de Jesus(D)

44 Mais ou menos ao meio-dia o sol parou de brilhar, e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde. 45 E a cortina do Templo se rasgou pelo meio. 46 Aí Jesus gritou bem alto:

— Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!

Depois de dizer isso, ele morreu. 47 Quando o oficial do exército romano viu o que havia acontecido, deu glória a Deus, dizendo:

— De fato, este homem era inocente!

48 Todos os que estavam reunidos ali para assistir àquele espetáculo viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito em sinal de tristeza. 49 Todos os amigos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia ficaram de longe, olhando tudo aquilo.

O sepultamento de Jesus(E)

50-51 Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia, na região da Judeia. Ele era bom e correto e esperava a vinda do Reino de Deus. Fazia parte do Conselho Superior, mas não tinha concordado com o que o Conselho havia resolvido e feito. 52 José foi e pediu a Pilatos o corpo de Jesus. 53 Então tirou o corpo da cruz e o enrolou num lençol de linho. Depois o colocou num túmulo cavado na rocha, que nunca havia sido usado. 54 Isso foi na sexta-feira, e já estava para começar o sábado.

55 As mulheres que haviam seguido Jesus desde a Galileia foram com José e viram o túmulo e como Jesus tinha sido colocado ali. 56 Depois voltaram para casa e prepararam perfumes e óleos para passar no corpo dele.

E no sábado elas descansaram, conforme a Lei manda.

O julgamento de Jesus diante de Pilatos

23 Então todo o conselho levou Jesus a Pilatos. Começaram a apresentar o caso: “Este homem corrompe o nosso povo, dizendo que não se deve pagar impostos ao governo romano e afirmando ser ele próprio o Cristo, o rei”.

Então Pilatos lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus?”.

Jesus respondeu: “É como você diz”.

Pilatos se voltou para os principais sacerdotes e para a multidão e disse: “Não vejo crime algum neste homem!”.

Mas eles insistiam: “Ele provoca revoltas em toda a Judeia com seus ensinamentos, começando pela Galileia e agora aqui, em Jerusalém!”.

“Então ele é galileu?”, perguntou Pilatos. Quando responderam que sim, Pilatos o enviou a Herodes Antipas, pois a Galileia ficava sob sua jurisdição, e naqueles dias ele estava em Jerusalém.

Herodes se animou com a oportunidade de ver Jesus, pois tinha ouvido falar a seu respeito e esperava, havia tempo, vê-lo realizar algum milagre. Fez uma série de perguntas a Jesus, mas ele não lhe respondeu. 10 Enquanto isso, os principais sacerdotes e mestres da lei permaneciam ali, gritando acusações. 11 Então Herodes e seus soldados começaram a zombar de Jesus e ridicularizá-lo. Por fim, vestiram nele um manto real e o mandaram de volta a Pilatos. 12 Naquele dia, Herodes e Pilatos, que eram inimigos, tornaram-se amigos.

13 Então Pilatos reuniu os principais sacerdotes e outros líderes religiosos, juntamente com o povo, 14 e anunciou seu veredicto: “Vocês me trouxeram este homem acusando-o de liderar uma revolta. Eu o interroguei minuciosamente a esse respeito na presença de vocês e vejo que não há nada que o condene. 15 Herodes chegou à mesma conclusão e o enviou de volta a nós. Nada do que ele fez merece a pena de morte. 16 Portanto, ordenarei que seja açoitado e o soltarei”. 17 (Era necessário libertar-lhes um prisioneiro durante a festa da Páscoa.)[a]

18 Um grande clamor se levantou da multidão, e a uma só voz gritavam: “Mate-o! Solte-nos Barrabás!”. 19 Esse Barrabás estava preso por ter participado de uma revolta em Jerusalém contra o governo e ter cometido assassinato. 20 Pilatos discutiu com eles, pois desejava soltar Jesus. 21 Eles, porém, continuaram gritando: “Crucifique-o! Crucifique-o!”.

22 Pela terceira vez, ele perguntou: “Por quê? Que crime ele cometeu? Não encontrei motivo para condená-lo à morte. Portanto, ordenarei que seja açoitado e o soltarei”.

23 A multidão gritava cada vez mais alto, exigindo que Jesus fosse crucificado, e seu clamor prevaleceu. 24 Então Pilatos condenou Jesus à morte, conforme exigiam. 25 A pedido deles, libertou Barrabás, o homem preso por revolta e assassinato. Depois, entregou-lhes Jesus para fazerem com ele o que quisessem.

A crucificação

26 Enquanto levavam Jesus, um homem chamado Simão, de Cirene,[b] vinha do campo. Os soldados o agarraram, puseram a cruz sobre ele e o obrigaram a carregá-la atrás de Jesus. 27 Uma grande multidão os seguia, incluindo muitas mulheres aflitas que choravam por ele. 28 Mas Jesus, dirigindo-se a elas, disse: “Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por si mesmas e por seus filhos. 29 Pois estão chegando os dias em que dirão: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos e os seios que nunca amamentaram!’. 30 Suplicarão aos montes: ‘Caiam sobre nós!’ e pedirão às colinas: ‘Soterrem-nos!’.[c] 31 Pois, se fazem estas coisas com a árvore verde, o que acontecerá com a árvore seca?”.

32 Dois outros homens, ambos criminosos, foram levados com ele a fim de também serem executados. 33 Quando chegaram ao lugar chamado Caveira,[d] o pregaram na cruz. Os criminosos também foram crucificados, um à sua direita e outro à sua esquerda.

34 Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”.[e] E os soldados tiraram sortes para dividir entre si as roupas de Jesus.

35 A multidão observava, e os líderes zombavam. “Salvou os outros, salve a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus”, diziam. 36 Os soldados também zombavam dele, oferecendo-lhe vinagre para beber. 37 Diziam: “Se você é o Rei dos judeus, salve a si mesmo!”. 38 Uma tabuleta presa acima dele dizia: “Este é o Rei dos Judeus”.

39 Um dos criminosos, dependurado ao lado dele, zombava: “Então você é o Cristo? Salve a si mesmo e a nós também!”.

40 Mas o outro criminoso o repreendeu: “Você não teme a Deus, nem mesmo ao ser condenado à morte? 41 Nós merecemos morrer por nossos crimes, mas este homem não cometeu mal algum”. 42 Então ele disse: “Jesus, lembre-se de mim quando vier no seu reino”.

43 E Jesus lhe respondeu: “Eu lhe asseguro que hoje você estará comigo no paraíso”.

A morte de Jesus

44 Já era cerca de meio-dia, e a escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde. 45 A luz do sol desapareceu, e a cortina do santuário do templo rasgou-se ao meio. 46 Então Jesus clamou em alta voz: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito!”.[f] E, com essas palavras, deu o último suspiro.

47 Quando o oficial romano[g] que supervisionava a execução viu o que havia acontecido, adorou a Deus e disse: “Sem dúvida este homem era inocente”.[h] 48 E, quando toda a multidão que tinha ido assistir à crucificação viu isso, voltou para casa entristecida e batendo no peito. 49 Mas os amigos de Jesus, incluindo as mulheres que o seguiram desde a Galileia, olhavam de longe.

O sepultamento de Jesus

50 Havia um homem bom e justo chamado José, membro do conselho dos líderes do povo, 51 mas que não tinha concordado com a decisão e os atos dos outros líderes religiosos. Era da cidade de Arimateia, na Judeia, e esperava a vinda do reino de Deus. 52 José foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 53 Desceu o corpo da cruz, enrolou-o num lençol de linho e o colocou num túmulo novo, escavado na rocha. 54 Isso aconteceu na sexta-feira à tarde, no dia da preparação,[i] quando o sábado estava para começar.

55 As mulheres da Galileia seguiram José e viram o túmulo onde o corpo de Jesus foi colocado. 56 Depois, foram para casa e prepararam especiarias e perfumes para ungir o corpo. No sábado, descansaram, conforme a lei exigia.

Footnotes

  1. 23.17 Alguns manuscritos não trazem o versículo 17.
  2. 23.26 Cirene era uma cidade no norte da África.
  3. 23.30 Os 10.8.
  4. 23.33 Nome traduzido, por vezes, como Calvário, do termo latino para “caveira”.
  5. 23.34 Alguns manuscritos não trazem Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”.
  6. 23.46 Sl 31.5.
  7. 23.47a Em grego, centurião.
  8. 23.47b Ou justo.
  9. 23.54 Em grego, Era o dia da preparação.