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Israel luta contra os restantes cananeus

(Js 15.15-19)

Após a morte de Josué, a nação de Israel consultou o Senhor para receber as suas instruções. “Qual será a tribo que deverá ir primeiro à guerra contra os cananeus?”, perguntaram.

A resposta do Senhor foi: “Judá. E dar-lhe-ei uma grande vitória.”

Os líderes da tribo de Judá, contudo, pediram auxílio à tribo de Simeão: “Venham connosco lutar contra o povo que está ainda na porção de terra que nos coube em sorte, e depois seremos nós a ajudar-vos a conquistar a vossa parte.” E assim o exército de Simeão foi com o de Judá.

Quando Judá subiu para lutar, o Senhor ajudou-os a derrotarem os cananeus e os perizeus, de tal forma que houve 10 000 baixas, da parte do inimigo, em Bezeque. Ali enfrentaram Adoni-Bezeque e, lutando contra ele, venceram os cananeus e perizeus. O rei Adoni-Bezeque conseguiu fugir, mas o exército de Israel capturou-o de seguida, e cortaram-lhe os dedos polegares dos pés e das mãos. “Fiz o mesmo a 70 reis que depois andavam a apanhar migalhas debaixo da minha mesa!”, dizia o rei Adoni-Bezeque. “Agora Deus pagou-me da mesma moeda.” Foi levado para Jerusalém e ali morreu.

Judá tinha conquistado Jerusalém e destruído a sua população, pondo fogo à cidade. Depois o exército de Judá combateu os cananeus na região das colinas, no Negueve e nas planícies costeiras. 10 Posteriormente, retomou a luta contra eles em Hebrom (antigamente chamada Quiriate-Arba), destruindo-lhes as cidades de Sesai, Aimã e Talmai. 11 Por último atacaram a cidade de Debir, antigamente chamada Quiriate-Sefer.

12 “Quem vai comandar o ataque contra Quiriate-Sefer?”, desafiou Calebe. “Quem a conquistar terá a minha filha Acsa como mulher!” 13 Foi Otniel, filho de Quenaz, irmão mais novo de Caleb, quem tomou a cidade, casando assim com Acsa.

14 Quando estavam para ir viver juntos para o seu novo lar, ele pediu-lhe insistentemente que pedisse ao pai mais terra. E foi ela própria que, vendo seu pai Calebe, desceu da montada em que ia para lhe falar no assunto. “Que pretendes?”, disse-lhe o pai ao vê-la aproximar-se.

15 “O que é que se passa?”, perguntou-lhe o pai. “Que pretendes?” “Dá-me outra doação! Porque a terra que já me deste é um deserto. Dá-me também fontes para ter água!” Então deu-lhe as fontes superiores e as das terras mais baixas.

16 Quando a tribo de Judá foi instalar-se no seu novo território, no deserto do Negueve, a sul de Arade, os descendentes do sogro de Moisés, membros do grupo dos queneus, acompanharam-na. Deixaram as suas casas em Jericó, a cidade das palmeiras, e passaram a viver juntos com a tribo de Judá.

17 Posteriormente, a tribo de Judá juntou-se à de Simeão, para combater os cananeus na cidade de Zefate, e destruíram a população. Assim, a cidade passou a ser chamada Horma (destruição). 18 O exército de Judá conquistou igualmente as cidades de Gaza, Asquelom e Ecrom, com as localidades da sua jurisdição.

19 O Senhor ajudou a tribo de Judá a exterminar o povo das colinas, ainda que tivessem falhado na tentativa de conquistar o povo do vale, que tinha carros de ferro. 20 A cidade de Hebrom foi dada a Calebe, conforme as instruções de Moisés. Assim, Calebe lançou fora os seus habitantes, que eram descendentes dos três filhos de Anaque. 21 A tribo de Benjamim não exterminou os jebuseus que viviam em Jerusalém; por isso, ainda lá vivem hoje misturados com os benjamitas.

22-23 Quanto à tribo de José, atacaram a cidade de Betel, anteriormente conhecida por Luz, e o Senhor esteve com eles. 24 Primeiro enviaram espias que capturaram um homem que vinha a sair da cidade. Propuseram-lhe poupar a vida dele e da sua família, se desse a conhecer a passagem através da muralha para entrar na cidade. 25 O homem concordou; mostrou-lhes como entrar lá dentro e eles massacraram a população toda, exceto este homem e a sua família. 26 Mais tarde, aquele homem foi para a terra dos hititas e edificou ali uma cidade, à qual chamou também Luz, como é ainda conhecida hoje.

27 A tribo de Manassés também não expulsou os povos que viviam em Bete-Seã, Taanaque, Dor, Ibleão e Megido, nem tão-pouco nos lugares circunvizinhos; e assim os cananeus continuaram a viver ali. 28 Anos mais tarde, quando os israelitas se tornaram mais fortes, puseram os cananeus a trabalhar como escravos, mas nunca os forçaram a deixar o território.

29 Aconteceu o mesmo, aliás, com os cananeus que viviam em Gezer; ainda lá estão habitando no meio da tribo de Efraim.

30 A tribo de Zebulão também não destruiu o povo de Quitrom nem de Naalol, mas fizeram-nos seus escravos.

31 A tribo de Aser também não expulsou os residentes de Aco, Sídon, Alabe, Aczibe, Helba, Afeca, nem de Reobe; 32 e assim os aseritas vivem ainda entre os cananeus, o povo indígena daquela terra.

33 O mesmo se deu com a tribo de Naftali que não pôs fora o povo de Bete-Semes nem de Bete-Anate; e essa gente continua a viver com eles como servos.

34 Quanto à tribo de Dan, os amorreus forçaram-nos a circunscreverem-se à região das colinas e não os deixaram descer para os vales. 35 Quando mais tarde os amorreus tentaram espalhar-se em Har-Heres, Aijalom e Saalabim, a tribo de José dominou-os e fez deles escravos. 36 A fronteira dos amorreus começa na subida de Acrabim, desde Sela para cima.

O anjo do Senhor em Boquim

Certo dia, o anjo do Senhor chegou a Boquim, vindo de Gilgal, e fez este anúncio ao povo de Israel: “Tirei-vos do Egito, trouxe-vos para esta terra que prometi aos vossos antepassados e garanti-vos que nunca quebraria a aliança que fiz convosco na condição de, da vossa parte, não fazerem qualquer espécie de tratado com os povos que vivem aqui; disse-vos que deveriam destruir os altares destas gentes. Porque não obedeceram? Agora, visto que quebraram a aliança feita comigo, esta deixou de ter efeito, e já não prometo destruir as nações que vivem nesta terra; pelo contrário, elas serão como espinhos na carne; os seus deuses tornar-se-ão uma armadilha fatal para vocês.”

O povo começou a lamentar-se e a chorar, quando o anjo do Senhor acabou de falar. Por isso, o nome daquele lugar ficou a chamar-se Boquim (eles choram). Então ofereceram sacrifícios ao Senhor.

Josué morre

Quando Josué finalmente licenciou os exércitos de Israel, cada tribo foi para os seus novos territórios e tomaram posse das terras que lhes tinham sido doadas. O povo permaneceu fiel ao Senhor durante o tempo de vida de Josué, e também enquanto viveram aqueles anciãos da sua geração que tinham visto os poderosos milagres feitos pelo Senhor a favor de Israel. Josué, o homem de Deus, morreu com a idade de 110 anos; foi enterrado no limite da sua propriedade em Timenate-Heres, nas colinas de Efraim, a norte do monte Gaás.

Desobediência e derrota

10 Contudo, essa geração acabou por morrer; veio depois outra que ignorou o Senhor e tudo o que tinha feito por Israel. 11 O povo de Israel fez o que era mau aos olhos do Senhor, incluindo a adoração aos ídolos de Baal. 12 Abandonaram o Senhor, o Deus dos seus antepassados, que os tinha arrancado do Egito e puseram-se a prestar adoração aos ídolos das nações vizinhas. Por isso, a ira do Senhor acendeu-se contra Israel. 13 Os israelitas afastaram-se do Senhor e puseram-se a adorar a Baal e os ídolos astarotes. 14 Isto fez com que o Senhor ardesse de ira contra Israel. Então entregou-os nas mãos de salteadores que roubaram as suas propriedades. Entregou-os nas mãos dos seus inimigos ao seu redor e eles já não foram capazes de lhes resistir.

15 Assim, sempre que a nação de Israel saía, o Senhor dificultava-lhes a ação. Tinha-os avisado disso mesmo; tinha-lhes até prometido que o faria. Mas quando o povo se encontrava em grande aperto, 16 o Senhor fazia levantarem-se juízes para os livrar dos inimigos. 17 Mesmo assim, Israel não quis ouvir esses juízes, pondo-se a adorar outros deuses. Bem depressa se desviaram da verdadeira fé dos seus pais, pois recusaram obedecer aos mandamentos do Senhor. 18 Cada juiz salvava o povo de Israel dos seus inimigos, enquanto vivia, porque o Senhor se apiedava com o clamor do povo sob o peso da opressão; e assim os ajudava enquanto o juiz vivia. 19 Mas quando este morria, deixavam de viver com justiça e faziam ainda pior do que os seus pais. Dirigiam novamente preces aos ídolos pagãos, lançando-se ao chão em atitudes de humilde adoração. Voltavam obstinadamente aos hábitos malvados das nações que se situavam à sua volta.

20 Então a ira do Senhor tornava a acender-se contra Israel e declarava: “Visto que este povo violou a aliança que fiz com os seus antecessores e não me obedeceu, 21 nunca mais expulsarei as nações que Josué deixou por conquistar quando morreu. 22 Pelo contrário, usarei estas nações para testar o meu povo, para me certificar se obedecem ao Senhor como fizeram os seus pais.” 23 Foi assim que o Senhor não expulsou os povos que não tinha entregado nas mãos de Josué, antes permitiu que lá permanecessem.

Os povos que Israel não expulsou

Segue-se uma lista dos povos que o Senhor deixou na terra para experimentar as novas gerações de Israel, que ainda não tinham passado pelas guerras de Canaã. Porque Deus pretendia dar oportunidade à juventude de Israel de pôr à prova a sua fé e a sua obediência, dominando os inimigos. São eles os filisteus, com cinco cidades, os cananeus, os sidónios e os heveus, que viviam nas montanhas do Líbano, desde o monte Baal-Hermon até à entrada de Hamate. Estes povos foram um teste para a nova geração de Israel, para ver se obedeceriam aos mandamentos que o Senhor lhes tinha dado através de Moisés.

E assim viveu Israel entre os cananeus, os hititas, os amorreus, os perizeus, os heveus e os jebuseus. Em vez de os destruir, o povo de Israel cruzou-se com eles através de casamentos. Os moços israelitas tomaram as raparigas deles como mulheres e vice-versa. E daí, até que Israel começasse a adorar também os seus deuses, foi um pequeno passo. Por isso, o povo de Israel fez o que era mau aos olhos do Senhor, porque esqueceu-se do Senhor, seu Deus, e puseram-se a oferecer adoração a Baal e aos postes ídolos de Achera.

Otniel

A ira do Senhor inflamou-se contra Israel e permitiu que o rei Cusã-Risataim da Mesopotâmia os vencesse na guerra. E ficaram sob o seu domínio durante oito anos. Mas quando Israel gritou ao Senhor por socorro, deu-lhes Otniel, filho de Quenaz, irmão mais novo de Calebe, que os salvou. 10 O Espírito do Senhor tomou posse dele e pôde assim reformar e limpar Israel, de tal forma que quando conduziu as forças militares de Israel contra Cusã-Risataim, rei de Aram, o Senhor ajudou Israel a vencê-lo duma forma absoluta.

11 Depois, durante os 40 anos que estiveram sob a chefia de Otniel, filho de Quenaz, houve paz na terra. 12 Quando Otniel faleceu, o povo de Israel começou de novo a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, e o Senhor deixou que o rei Eglom de Moabe os vencesse. 13 Tinham-se aliado a esse rei os exércitos dos amonitas e dos amalequitas. Essas forças derrotaram os israelitas e tomaram posse de Jericó, frequentemente chamada a cidade das palmeiras. 14 E durante 18 anos o povo de Israel esteve sujeito ao rei Eglom.

Eude

15 Mas quando clamaram ao Senhor, mandou-lhes um libertador, Eude, filho de Gera, benjamita, que era canhoto. Eude era o homem que devia levar o imposto anual de Israel à capital moabita. 16 Antes de encetar a viagem mandou fazer uma espada de dois gumes com meio metro de comprimento e escondeu-a na roupa que vestia, junto à coxa direita. 17 Depois de ter entregado o dinheiro ao rei Eglom, que era muito gordo, 18 foi-se embora. Já fora da cidade, junto das pedreiras de Gilgal, despediu os companheiros 19 e voltou sozinho ter com o rei. “Tenho uma mensagem secreta para ti”, disse-lhe.

O rei mandou imediatamente sair toda a gente que ali se encontrava, de forma a poder conversar em privado com ele. 20 Estavam numa sala fresca nos andares superiores. Eude avançou então e disse: “É uma mensagem de Deus!”

O rei levantou-se logo. 21 Eude, com a mão esquerda, puxou da espada que tinha escondida junto à perna direita e cravou-lha no ventre. 22 O próprio punho da espada ficou enterrado na gordura do corpo. 23 Eude deixou a espada, fechou as portas atrás de si e escapou-se por uma saída secundária.

24 Quando os servos do rei chegaram, viram as portas fechadas e esperaram, pensando que talvez estivesse na casa de banho. 25 Mas depois de passar algum tempo sem que o rei aparecesse, começaram a ficar preocupados e foram buscar uma chave. Ao abrirem a porta depararam-se com o seu senhor morto, estendido no chão.

26 Entretanto, chegando de novo às pedreiras, Eude fugiu em direção a Seirá. 27 Quando chegou às colinas de Efraim fez um apelo às armas, ao som de trombetas, e organizou um exército sob o seu próprio comando.

28 “Sigam-me!”, gritou. “Porque o Senhor entregou já os vossos inimigos, os moabitas, nas vossas mãos!” Inicialmente a sua ação consistiu em ocupar os baixios do Jordão, perto de Moabe, para evitar que os outros passassem por ali, atravessando o rio a pé. 29 Depois foram atacar os moabitas, matando aproximadamente uns 10 000 dos seus mais fortes e hábeis guerreiros, não deixando escapar ninguém. 30 E dessa maneira Moabe foi conquistado por Israel naquele mesmo dia. A terra ficou em paz durante os 80 anos seguintes.

Sangar

31 O juiz que veio a seguir a Eude foi Sangar, filho de Anate. Duma vez conseguiu matar 600 filisteus com uma vara de bois. Com esse golpe salvou Israel dum desastre.

Novas conquistas pelas tribos

E sucedeu, depois da morte de Josué, que os filhos de Israel perguntaram ao Senhor, dizendo: Quem dentre nós primeiro subirá aos cananeus, para pelejar contra eles? E disse o Senhor: Judá subirá; eis que lhe dei esta terra na sua mão. Então, disse Judá a Simeão, seu irmão: Sobe comigo à herdade que me caiu por sorte, e pelejemos contra os cananeus, e também eu contigo subirei à tua, que te caiu por sorte. E Simeão partiu com ele. E subiu Judá, e o Senhor lhe deu na sua mão os cananeus e os ferezeus; e feriram deles em Bezeque a dez mil homens. E acharam a Adoni-Bezeque em Bezeque, e pelejaram contra ele, e feriram aos cananeus e aos ferezeus. Porém Adoni-Bezeque fugiu; e o seguiram, e o prenderam, e lhe cortaram os dedos polegares das mãos e dos pés. Então, disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, com os dedos polegares das mãos e dos pés cortados, apanhavam as migalhas debaixo da minha mesa; assim como eu fiz, assim Deus me pagou. E o trouxeram a Jerusalém, e morreu ali.

Porque os filhos de Judá pelejaram contra Jerusalém, e a tomaram, e a feriram a fio de espada, e à cidade puseram a fogo. E, depois, os filhos de Judá desceram a pelejar contra os cananeus que habitavam nas montanhas, e no sul, e nas planícies. 10 E partiu Judá contra os cananeus que habitavam em Hebrom (era, porém, dantes, o nome de Hebrom Quiriate-Arba), e feriram a Sesai, e a Aimã, e a Talmai.

11 E, dali, partiu contra os moradores de Debir (e era, dantes, o nome de Debir Quiriate-Sefer). 12 E disse Calebe: Quem ferir a Quiriate-Sefer e a tomar, lhe darei a minha filha Acsa por mulher. 13 E tomou-a Otniel, filho de Quenaz, o irmão de Calebe, mais novo do que ele; e Calebe lhe deu a sua filha Acsa por mulher. 14 E sucedeu que, vindo ela a ele, o persuadiu a que pedisse um campo a seu pai; e ela se apeou do jumento, saltando; e Calebe lhe disse: Que é o que tens? 15 E ela lhe disse: Dá-me uma bênção, pois me deste uma terra seca; dá-me também fontes de águas. E Calebe lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores.

16 Também os filhos do queneu, sogro de Moisés, subiram da cidade das Palmeiras com os filhos de Judá ao deserto de Judá, que está ao sul de Arade; e foram e habitaram com o povo. 17 Foi-se, pois, Judá com Simeão, seu irmão, e feriram aos cananeus que habitavam em Zefate, e totalmente a destruíram, e chamaram o nome desta cidade Horma. 18 Tomou mais Judá a Gaza com o seu termo, e a Asquelom com o seu termo, e a Ecrom com o seu termo. 19 E foi o Senhor com Judá, e despovoou as montanhas; porém não expeliu os moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro. 20 E deram Hebrom a Calebe, como Moisés o dissera, e dali expeliu os três filhos de Anaque.

21 Porém os filhos de Benjamim não expeliram os jebuseus que habitavam em Jerusalém; antes, os jebuseus habitaram com os filhos de Benjamim em Jerusalém até ao dia de hoje.

22 E subiu também a casa de José a Betel, e foi o Senhor com eles. 23 E fez a casa de José espiar a Betel (e foi dantes o nome desta cidade Luz). 24 E viram os espias um homem que saía da cidade e lhe disseram: Ora, mostra-nos a entrada da cidade, e usaremos contigo de beneficência. 25 E, mostrando-lhes ele a entrada da cidade, feriram a cidade a fio de espada; porém àquele homem e a toda a sua família deixaram ir. 26 Então, aquele homem foi-se à terra dos heteus, e edificou uma cidade, e chamou o seu nome Luz; este é o seu nome até o dia de hoje.

27 Nem Manassés expeliu os habitantes de Bete-Seã, nem dos lugares da sua jurisdição; nem a Taanaque, com os lugares da sua jurisdição; nem aos moradores de Dor, com os lugares da sua jurisdição; nem aos moradores de Ibleão, com os lugares da sua jurisdição; nem aos moradores de Megido, com os lugares da sua jurisdição; e quiseram os cananeus habitar na mesma terra. 28 E sucedeu que, quando Israel cobrou mais forças, fez dos cananeus tributários, porém não os expeliu de todo.

29 Tampouco expeliu Efraim os cananeus que habitavam em Gezer; antes, os cananeus habitavam no meio dele, em Gezer.

30 Tampouco expeliu Zebulom os moradores de Quitrom, nem aos moradores de Naalol; porém os cananeus habitavam no meio dele e foram tributários.

31 Tampouco Aser expeliu os moradores de Aco, nem os moradores de Sidom, nem Alabe, nem Aczibe, nem Helba, nem Afeca, nem Reobe; 32 porém os aseritas habitaram no meio dos cananeus que habitavam na terra; porquanto os não expeliram.

33 Tampouco Naftali expeliu os moradores de Bete-Semes, nem os moradores de Bete-Anate; mas habitou no meio dos cananeus que habitavam na terra; porém lhes foram tributários os moradores de Bete-Semes e os de Bete-Anate.

34 E apertaram os amorreus aos filhos de Dã até às montanhas; porque nem os deixavam descer ao vale. 35 Também os amorreus quiseram habitar nas montanhas de Heres, em Aijalom e em Saalabim; porém prevaleceu a mão da casa de José, e ficaram tributários. 36 E foi o termo dos amorreus desde a subida de Acrabim, e desde a penha, e dali para cima.

O Anjo do Senhor repreende os israelitas

E subiu o Anjo do Senhor de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado, e disse: Nunca invalidarei o meu concerto convosco. E, quanto a vós, não fareis concerto com os moradores desta terra; antes, derrubareis os seus altares. Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso? Pelo que também eu disse: Não os expelirei de diante de vós; antes, estarão às vossas costas, e os seus deuses vos serão por laço. E sucedeu que, falando o Anjo do Senhor estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou a sua voz e chorou. Pelo que chamaram àquele lugar Boquim; e sacrificaram ali ao Senhor.

E, havendo Josué despedido o povo, foram-se os filhos de Israel, cada um à sua herdade, para possuírem a terra.

A infidelidade dos israelitas depois da morte de Josué

E serviu o povo ao Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que prolongaram os seus dias depois de Josué e viram toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a Israel. Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, da idade de cento e dez anos. E sepultaram-no no termo da sua herdade, em Timnate-Heres, no monte de Efraim, para o norte do monte Gaás.

10 E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel. 11 Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins. 12 E deixaram o Senhor, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e encurvaram-se a eles, e provocaram o Senhor à ira. 13 Porquanto deixaram ao Senhor e serviram a Baal e a Astarote. 14 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e os deu na mão dos roubadores, e os roubaram; e os entregou na mão dos seus inimigos ao redor; e não puderam mais estar em pé diante dos seus inimigos. 15 Por onde quer que saíam, a mão do Senhor era contra eles para mal, como o Senhor tinha dito e como o Senhor lho tinha jurado; e estavam em grande aperto.

16 E levantou o Senhor juízes, que os livraram da mão dos que os roubaram. 17 Porém tampouco ouviram aos juízes; antes, se prostituíram após outros deuses e encurvaram-se a eles; depressa se desviaram do caminho por onde andaram seus pais ouvindo os mandamentos do Senhor; mas eles não fizeram assim. 18 E, quando o Senhor lhes levantava juízes, o Senhor era com o juiz e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se arrependia pelo seu gemido, por causa dos que os apertavam e oprimiam. 19 Porém sucedia que, falecendo o juiz, tornavam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e encurvando-se a eles; nada deixavam das suas obras, nem do seu duro caminho. 20 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel; e disse: Porquanto este povo traspassou o meu concerto que tinha ordenado a seus pais e não deu ouvidos à minha voz. 21 Tampouco desapossarei mais de diante deles a nenhuma das nações que Josué deixou, morrendo; 22 para por elas provar a Israel, se hão de guardar o caminho do Senhor, como seus pais o guardaram, para por ele andarem ou não. 23 Assim, o Senhor deixou ficar aquelas nações e não as desterrou logo, nem as entregou na mão de Josué.

Servidão dos israelitas sob Cusã, rei da Síria ou Arã

Estas, pois, são as nações que o Senhor deixou ficar, para por elas provar a Israel, a saber, a todos os que não sabiam de todas as guerras de Canaã. Isso tão somente para que as gerações dos filhos de Israel delas soubessem (para lhes ensinar a guerra), pelo menos as gerações que, dantes, não sabiam disso: cinco príncipes dos filisteus, e todos os cananeus, e sidônios, e heveus, que habitavam nas montanhas do Líbano, desde o monte de Baal-Hermom até à entrada de Hamate. Estes, pois, ficaram, para por eles o Senhor provar a Israel, para saber se dariam ouvidos aos seus mandamentos que tinha ordenado a seus pais pelo ministério de Moisés. Habitando, pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, e heteus, e amorreus, e ferezeus, e heveus, e jebuseus, tomaram de suas filhas para si por mulheres e deram aos filhos deles as suas filhas; e serviram a seus deuses.

E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos baalins e a Astarote. Então, a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os vendeu em mão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim durante oito anos.

Otniel livra-os

E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou aos filhos de Israel um libertador, e os libertou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, mais novo do que ele. 10 E veio sobre ele o Espírito do Senhor, e julgou a Israel e saiu à peleja; e o Senhor deu na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; e a sua mão prevaleceu contra Cusã-Risataim. 11 Então, a terra sossegou quarenta anos; e Otniel, filho de Quenaz, faleceu.

Servidão sob Eglom

12 Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor; então, o Senhor esforçou a Eglom, rei dos moabitas, contra Israel, porquanto fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor. 13 E ajuntou consigo os filhos de Amom e os amalequitas, e foi, e feriu a Israel, e tomaram a cidade das Palmeiras. 14 E os filhos de Israel serviram a Eglom, rei dos moabitas, dezoito anos.

Eúde livra-os

15 Então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor lhes levantou um libertador: Eúde, filho de Gera, benjamita, homem canhoto. E os filhos de Israel enviaram pela sua mão um presente a Eglom, rei dos moabitas. 16 E Eúde fez uma espada de dois fios, do comprimento de um côvado, e cingiu-a por debaixo das suas vestes, à sua coxa direita. 17 E levou aquele presente a Eglom, rei dos moabitas; e era Eglom homem mui gordo. 18 E sucedeu que, acabando de entregar o presente, despediu a gente que trouxera o presente. 19 Porém voltou do ponto em que estão as imagens de escultura, ao pé de Gilgal, e disse: Tenho uma palavra secreta para ti, ó rei. Este disse: Cala-te. E todos os que lhe assistiam saíram de diante dele. 20 E Eúde entrou num cenáculo fresco, que o rei tinha para si só, onde estava assentado, e disse Eúde: Tenho para ti uma palavra de Deus. E levantou-se da cadeira. 21 Então, Eúde estendeu a sua mão esquerda, e lançou mão da espada da sua coxa direita, e lha cravou no ventre, 22 de tal maneira que entrou até à empunhadura após a folha, e a gordura encerrou a folha (porque não tirou a espada do ventre); e saiu-lhe o excremento. 23 Então, Eúde saiu à sala, e cerrou sobre ele as portas do cenáculo, e as fechou. 24 E, saindo ele, vieram os seus servos e viram, e eis que as portas do cenáculo estavam fechadas; e disseram: Sem dúvida está cobrindo seus pés na recâmara do cenáculo fresco. 25 E, esperando até se enfastiarem, eis que não abriu as portas do cenáculo; então, tomaram a chave e abriram, e eis seu senhor estendido morto em terra. 26 E Eúde escapou enquanto eles se demoraram; porque ele passou pelas imagens de escultura e escapou para Seirá. 27 E sucedeu que, entrando ele, tocou a buzina nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel desceram com ele das montanhas, e ele adiante deles. 28 E disse-lhes: Segui-me, porque o Senhor vos tem dado a vossos inimigos, os moabitas, na vossa mão; e desceram após ele, e tomaram os vaus do Jordão a Moabe, e a nenhum deixaram passar. 29 E, naquele tempo, feriram dos moabitas uns dez mil homens, todos corpulentos e todos homens valorosos; e não escapou nenhum. 30 Assim foi subjugado Moabe, naquele dia, debaixo da mão de Israel; e a terra sossegou oitenta anos.

31 Depois dele, foi Sangar, filho de Anate, que feriu seiscentos homens dos filisteus com uma aguilhada de bois; e também ele libertou a Israel.

A tentação de Jesus

(Mt 4.1-11; Mc 1.12-13)

Então Jesus, cheio do Espírito Santo, deixou o rio Jordão e foi impelido pelo Espírito para as terras áridas e desertas da Judeia, onde o Diabo o tentou durante quarenta dias. No decurso de todo este tempo, não comeu; por fim sentiu fome.

E o Diabo disse-lhe: “Se és o Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão.”

Mas Jesus respondeu-lhe: “Está escrito nas Escrituras:

‘Nem só de pão viverá o homem.’ ”[a]

Então o Diabo levou-o a um alto sítio e mostrou-lhe num relance todos os reinos do mundo, e disse-lhe: “Dar-te-ei toda a autoridade sobre eles e a sua glória, porque, como me pertencem, posso dá-los a quem eu quiser. Será tudo teu se me adorares.”

Ao que Jesus retorquiu:

“ ‘Adorarás o Senhor teu Deus. Só a Ele servirás.’[b]

É assim que vem nas Escrituras.”

Então o Diabo levou-o até Jerusalém, ao telhado do templo e disse-lhe: “Se és o Filho de Deus, salta! 10 Pois, segundo as Escrituras:

‘Deus dará ordens aos seus anjos para que te guardem a teu respeito.

11 Eles te susterão com as suas mãos,
para que não tropeces nas pedras do caminho.’ ”[c]

12 Jesus respondeu: “As Escrituras também dizem:

‘Não deves provocar o Senhor, teu Deus.’ ”[d]

13 Quando o Diabo pôs fim a todas estas tentações, deixou-o por algum tempo e foi embora.

Jesus rejeitado em Nazaré

(Mt 4.12-17; 13.54-58; Mc 1.14-15; 6.1-6)

14 Então Jesus voltou para a Galileia, cheio do poder do Espírito Santo, e em breve era conhecido em toda aquela região. 15 Ensinava nas sinagogas e todos o glorificavam.

16 Quando foi à aldeia de Nazaré, a terra da sua infância, dirigiu-se como de costume à sinagoga, no sábado, e levantou-se para ler as Escrituras. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías e abriu-o no lugar onde está escrito:

18 “O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me ungiu para levar boas novas aos pobres.
Enviou-me para anunciar a liberdade aos cativos
restituir a vista aos cegos,
pôr em liberdade os que estão oprimidos,
19 e para proclamar o tempo do favor de Deus.”[e]

20 Fechando o livro, tornou a dá-lo ao assistente e sentou-se, enquanto todos na sinagoga o miravam atentamente. 21 E começou por dizer: “Hoje se cumpriram estas Escrituras!”

22 Os que ali se achavam louvaram-no, admirados com as belas palavras que lhe saíam dos lábios. “Como pode ser isto?”, perguntavam. “Não é o filho de José?”

23 E ele disse mais: “Com certeza que me contarão aquele provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo!’ Como quem diz: ‘Porque não fazes aqui na tua própria cidade milagres iguais aos que fizeste em Cafarnaum?’ 24 É realmente como vos digo: nenhum profeta é aceite na sua própria terra. 25 Digo-vos com toda a verdade que havia muitas judias viúvas necessitadas em Israel, no tempo de Elias, porque havia três anos e meio que não chovia e a fome alastrava pela terra. 26 E Elias não foi enviado por Deus a socorrer nenhuma outra viúva, senão a Zarefate, na terra de Sídon. 27 E o profeta Eliseu apenas curou Naamã, o arameu, e não os muitos judeus leprosos que necessitavam de ajuda.”

28 Estas palavras provocaram a ira do auditório. 29 Levantando-se, atacaram Jesus, levando-o até à beira do monte, sobre o qual a cidade se erguia, a fim de o empurrarem para o precipício. 30 Ele, porém, atravessando pelo meio da multidão, deixou-os.

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A tentação de Jesus(A)

E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome. E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus. E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás. Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, 10 porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem 11 e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. 12 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. 13 E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.

Jesus é expulso de Nazaré(B)

14 Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. 15 E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.

16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. 17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: 18 O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, 19 a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. 20 E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. 21 Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. 22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José? 23 E ele lhes disse: Sem dúvida, me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo o que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum. 24 E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem-recebido na sua pátria. 25 Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; 26 e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. 27 E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. 28 E todos, na sinagoga, ouvindo essas coisas, se encheram de ira. 29 E, levantando-se, o expulsaram da cidade e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. 30 Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se.

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